domingo, 22 de janeiro de 2012

O (a) Emo e o "Admirador" de 'ninfetos' (Parte 1)


Depois de falar sobre um momento depressivo da minha vida é chegada a hora de dar a volta por cima. Depois de todo o choro foi chegado o momento de se jogar na balada. Vou tentar me lembrar no máximo de ocorrências possíveis, mas não garanto que estarão na ordem cronológica, mas é como dizem "A ordem dos fatores não altera o resultado.".

Por muito tempo eu frequentei uma unica balada, não por apenas gostar, mas por que era onde eu poderia entrar. Uma matine GLS a qual já citei aqui antes, mas acho que não falei do fato de que como eu sempre aparentei uns dois ou três anos menos do que minha idade real nunca tive coragem de tentar entrar em uma balada para virar a noite sem antes atingir minha maioridade, ou seja eu sempre entrava na balada a tarde e saia por volta das dez da noite dependendo do dia.



Foi num desses finais de semana que eu fui sozinho, meus amigos adoravam sair comigo, mas nem sempre estavam disponíveis, enfim, pela primeira vez fui sozinho pra balada. Sem os meus amigos eu era tímido e introvertido. Fui para o bar e pedi uma bebida alcoólica (é claro) para conseguir me soltar. Fiquei ali, bebendo e olhando para a pista de dança. Depois de algum tempo um moço bonito e que fazia o meu tipo chegou e ficou ao meu lado, ficamos trocando olhares e eu com a maior vontade de ficar com ele, mas o bendito FDP não tomava nenhuma atitude, até que eu depois de alguns copos resolvi tomar as rédeas daquela situação uma das piores decisões da minha vida. E foi assim, com meu jeito tímido e sem assunto que cheguei no moço:
- Oi. - Eu disse.
- Tudo bem?
- Tudo.
- Você está sozinho?
- Não vim com uns amigos.
Tomei mais um gole da minha bebida.
- Será que rola da gente ficar?
- Não vai rolar. Estou esperando meu amigo chegar.
- Bele.
Eu me virei e pensei:
DESGRAÇADO FDP, ENTÃO POR QUE FICOU TROCANDO OLHARES COMIGO????




Sai dali no mesmo momento me sentindo humilhado, feio, magro demais, baixo demais, novo demais e por ai vai. (Obs: Se você não está afim de alguém por favor não fique encarando a pessoa, tenho trauma disso até hoje... É sério).


Dei mais algumas voltas pela balada, não encarei e nem falei com ninguém, aquele fora feriu meu orgulho. Voltei a me encostar em outro canto do bar para não correr o risco de encontrar o cara de antes, foi ai que apareceu na minha frente uma pessoa que eu não sabia se era menino ou menina, com uma franja enorme em cima da testa, branquinho (a) e magro (a) e baixinho (a), ele chegou perto de mim com um sorriso enorme que deixava a mostra seus dentes grandes (vou me referir a ele (a) como K e no modo masculino, mas até hoje não sei dizer bem se era menino ou menina), ele se aproximou e começamos a trocar varias idéias, conversamos muito mesmo, ele me contou sobre toda sua vida, falou que era EMO (na época eu não conhecia essa definição), que gostava de meninos e meninas e que estava curtindo a vida. Ele tinha 14 anos, uma verdadeira criança, tanto na idade como nas atitudes, ele salvou a minha noite e sai de lá com a promessa de encontrá-lo no próximo final de semana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário