domingo, 26 de fevereiro de 2012

O "Coroa" (Flashback)



Lá estava eu, na balada, dançando feito louco. Meus amigos estava comigo, inclusive o K que praticamente fazia parte do nosso grupo de convívio. Não me lembro por que mas naquela noite eu estava doido para dançar e literalmente me joguei na pista.
Estava eu, super animado fazendo dancinhas idiotas dos anos 60, 70, 80, 90 e por ai vai quando eu me viro para trás.... E quem estava no bar? Quem? O "Coroa".
Eu (idiota como sempre) fingi que não o vi, continuei dançando e bebendo com meus amigos. O engraçado é que naquele dia eu não estava afim de pegar ninguém, tudo o que eu queria era dançar, dançar e dançar.

Depois que vi o coroa eu não conseguia parar de dar umas olhadas para conferir se ele estava com outro ou se estava olhando pra mim. OI fato é que ele estava olhando para mim. Belo e com sua latinha de cerveja na mão  assim como da primeira vez que eu o vi.
O álcool e a musica contagiante subiram na minha cabeça e la fui eu conversar com ele. Como sempre o papo se desenrolou muito bem e em poucos minutos estávamos nos beijando, nos agarrando e trocando promessas de nos vermos novamente.
Existe um fato que esta na minha cabeça até o hoje. Ele insistia categoricamente que quando eu dançava estava sensualizando propositalmente para ele. Em nenhum momento ele acreditou que eu estava simplesmente me divertindo com meus amigos, mas enfim, cada um ficou com sua versão da historia.
Naquele dia ficamos juntos durante toda a balada, eu fiz promessas de ir a casa dele novamente, mas...
Eu o enrolei durante toda a semana.. Não nos encontramos e por telefone entramos no consenso de que seria melhor não nos vermos mais...
Acho que foi uma das piores decisões e atitudes que tomei na minha vida... E sempre fui meio inconsequente, mas até hoje não me dou bem com os meus atos, principalmente por que naquela época tudo o que eu queria era curtir, dançar, beijar e fazer muito sexo.
A parte boa de tudo isso é que devido as minhas atitudes hoje eu estou muito bem casado com o Maridex, mas infelizmente o ser humano sofre do mal de pensar como as coisas poderiam ser diferentes se tivessem tomados uma ou outra atitude...


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O "Coroa" (Final)

Foram longos minutos de beijos, a mão naquilo e aquilo na mão até que em um momento de distração eu abri os olhos e não muito longe estava o "Coroa" encostado na parede observando toda a cena com decepção nos olhos...



A merda estava feita e exposta para quem quisesse ver.
La estava eu bêbado, perplexo e sem saber o que fazer. O cara com quem eu estava ficando percebeu minha inanição e perguntou o que aconteceu. eu simplesmente respondi.
- Meu namorado viu a gente se beijando.
Eu não me lembro qual foi sua reação, só sei que eu automaticamente me desvincilhei dele, fui até o coroa e foi quando eu descobri a definição de "Decepção no Olhar", eu até tentei argumentar mas foi sem sucesso, ele saiu da balada e eu logo tratei de pagar minha comanda e ir atrás dele imaginando que seria uma investida sem sucesso.
Assim que sai o vi encostado em seu carro de braços cruzados. Eu encostei do lado dele e automaticamente comecei a chorar, parecia que todo o efeito do álcool tinha passado e tudo o que eu tinha feito de errado naquele dia recaiu como toneladas sobre minha consciência. Naquele instante eu me dei conta do mal que tinha feito tanto para mim como para ele.
Chorei, chorei e chorei um pouco mais e o "Coroa" simplesmente ficou ali, imóvel esperando o desenrolar daquela cena, foi então que entre soluços eu expliquei tudo o que tinha acontecido, contei tudo em detalhes e deixando evidente todos os sentimentos que tive durante os fatos. Depois de toda explicação, lágrimas e soluços ele se virou pra mim e me disse:
- É melhor você ir pra casa.
Eu queria abrir um buraco no chão e me esconder para nunca mais ser encontrado, naquele momento eu sabia que tudo estava acabado, mas eu não esperneei e nem tentei reverter a situação, simplesmente segurei as lágrimas, engoli o soluço e parti para casa.

Ali terminou um relacionamento muito bom e que infelizmente só durou três meses.
Infelizmente, mesmo em outras oportunidades eu não tive a coragem de demonstrar o meu arrependimento e até hoje me sinto um idiota por isso, mas a vida é uma caixinha de surpresas e quem sabe um dia eu tenha a oportunidade de me desculpar...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O "Coroa" (Parte 5)

... Eu perdi totalmente a cabeça, desculpem o palavrão, mas eu fiquei louco da Buceta e decidi ir conversar com ele, mas como era muuuuito timido na época tratei de me servir de algumas doses de alcool. Tomei coragem, fui até ele, conversei naturalmente, dançamos juntos até que eu pedi para ficar com ele...

A resposta foi:
- Não vai rolar. Eu estou com o meu amigo e não quero deixar ele sozinho.
De fato ele estava com um amigo que costumava ir com ele nas baladas, mas apenas uma palavra poderia definir como eu me sentia naquele momento: ÓDIO


Agora adivinhem o que eu fiz?
Joguei toda a cerveja que estava no meu copo na cara dele.
Mentira, na verdade aquela era a minha vontade no momento, sorte que sou pretinho e por isso não fico vermelho, se ficasse eu seria um verdadeiro pimentão raivoso soltando espuma pela boca e com olhos vermelhos como os de um cão enviado do inferno (que drama...rsrs).
Depois do ódio veio a tristeza, uma pontada de depressão que duraram poucos segundos e foram substituídos pelo ódio novamente, pela sede de vingança e vontade de mostrar que muitos desejavam o meu corpo magricela...rsrsrsrs
Enfim, como não sou o tipo barraqueiro e nem o tipo que atira a primeira coisa que vê na frente na cara da pessoa "subi no salto" e informei que precisava me retirar para ir ao banheiro.
Eu sai dali cego de raiva, com vontade de chorar e procurando um corpo para mostrar que eu era capaz de "pegar" coisa muito melhor que ele. Fui ao banheiro e quando sai no caminho para o 'bendito' dei de cara com um moço bem afeiçoado com cabelos até quase os ombros, ondulados e loiros me encarando ()ele atina até uma carinha de 'Gringo'), aquela seria a vitima perfeita, sustentei o olhar e juntei coragem o suficiente para já chegar beijando. Foi um beijo longo, demorado e cheio de segundas intenções de ambas as partes e é claro que eu tive de abrir os olhos e  me deparei com o olhar assombrado e invejoso do meu Ex. VITÓRIA. Ou não. Em seguida ele foi embora e eu fui para um canto dar uns amassos no moço bonito com o qual eu nem ao menos tinha conversado.
Foram longos minutos de beijos, a mão naquilo e aquilo na mão até que em um momento de distração eu abri os olhos e não muito longe estava o "Coroa" encostado na parede observando toda a cena com decepção nos olhos...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O "Coroa" (Parte 4)


E é com grande pesar que eu venho contar como terminou meu namoro com o "Coroa"!
Esse meu relacionamento terminou unica e exclusivamente por que eu fui um grande idiota e fui levado pelas minhas atitudes impensadas e por minhas reações impulsivas. Acho que o meu termino com o "Coroa" é um dos pouquíssimos arrependimentos que eu tenho em minha vida, pois o 3 meses que passei com ele foram curtos, mas só a pouco tempo atrás fui me dar conta de como algumas pessoas poderiam ter deixado marcas ainda maiores ou ainda fazer parte de nossas vidas deixando todo o cenário totalmente diferente. Depois desse desabafo, vamos ao que importa.

Durante os três meses em que estive com o "Coroa" nós nos encontrávamos em sua casa aos sábados, passávamos o dia todo juntos, assistíamos filmes, ele fazia almoço para nós e nos domingos íamos para a balada que eu costumava frequentar. Na época eu conversava bastante com ele, trocavamos idéia e ainda me lembro que ele dizia que se eu quisesse sair com outros com a condição de que ele não ficasse sabendo e nem presenciasse a situação, conselho que foi anotado por mim, mas eu não pretendia ficar com outra pessoa, mas como a vida é cheia de surpresas e as vezes parece querer fo*er com a gente houve um final de semana em que ele precisou ir ao dentista (hoje em dia acho que isso pode ter sido um teste, pois na época nem pensei no fato de que seria muito difícil um dentista atender alguém em pleno domingo). Ele me disse que eu poderia ir a balada sem problemas e foi isso que fiz.

No domingo estava eu na balada, curtindo o som e sem a intenção de ficar com ninguém. Foi então que o destino fez com que o bendito do R (o próprio que gerou a postagem AMOR E DEPRESSÃO) aparecesse na balada justamente naquele mesmo dia.
Sabe o que aconteceu?
Eu perdi totalmente a cabeça, desculpem o palavrão, mas eu fiquei louco da Buceta e decidi ir conversar com ele, mas como era muuuuito timido na época tratei de me servir de algumas doses de alcool. Tomei coragem, fui até ele, conversei naturalmente, dançamos juntos até que eu pedi para ficar com ele.

Sabe qual foi a resposta?
Só vou contar no próxima postagem...rsrs

Abraços!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O "Coroa" (Parte 3)

Sai da estação e dei de cara com um terminal de ônibus um tanto quanto vazio comparado aos de SP.
Fiquei impressionado com a limpeza da cidade e com a falta de mendigos (rsrs). O sol estava a pino no céu azul, mas mesmo assim não estava fazendo aquele calor infernal. Conforme caminhava eu ia reparando nas placas que me indicavam as ruas com nomes de estados brasileiros (o que eu achei bastante divertido...rs), andei por menos de 10 minutos em linha reta e logo cheguei ao estabelecimento do "Coroa".
ele estava atendendo uma cliente, mas não demorou muito e ele a dispensou, me cumprimentou e me levou para os fundos da loja onde ficava a casa, eu o questionei sobre o fato de algum cliente aparecer e ele não atender, o "Coroa" abriu um sorriso e disse que se alguém entrasse na loja iria chama-lo.

Entre beijos calorosos e amorosos nós conversamos muito, mas muito mesmo e entre uma conversa e outra ele sai para atender algum cliente, por fim comemos (ele cozinhava muuuuito bem), conversamos mais até que chegou a hora dele fechar a loja.
Ele me convidou para passar a noite lá e eu aceitei é claro, fomos até a Blockbuster de carro, pois ele queria alugar alguns filmes para assistir a antes de dormir, na volta não teve como evitar, nem colocamos os filmes para rodar e fomos logo nos agarrando, beijando e concretizando o ato que estava fadado a acontecer... rsrs... Realmente a idade trás junto a experiencia e não posso negar que o sexo foi delicioso, aprendi algumas coisas que não sabia, suei bastante e dormimos abraçadinhos como um casal de namorados.

No outro dia (Domingo), tomamos café da manhã, almoçamos e partimos juntos para a boate que eu costumava frequentar. Inicialmente eu era avesso a isso, mas com ele era super divertido, pois estávamos ali realmente apenas para aproveitar a noite, dançar, conversar, beber e se divertir com a presença um do outro.
No final da noite veio a parte chata onde teríamos que nos despedir novamente, ele me levou até o ponto onde eu pegava ônibus e eu parti com a promessa de visita-lo no próximo final de semana...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O "Coroa" (Parte 2)


Eu conversei bastante com o Coroa durante aquela semana e em uma das conversas ele me chamou para ir na casa dele no sábado. Eu ponderei um pouco, mas não resisti ao seu convite e decidi visita-lo.
Eu quase me arrependi de aceitar a proposta pois ele morava fora de São Paulo e eu teria que pegar um trem pela primeira vez na minha vida. Eu nunca tinha utilizado esse "veiculo de locomoção" na minha vida e confesso que de primeiro momento fiquei assustado de ter que me deslocar para um lugar longe, mas eu criei coragem e fui, afinal já tinha dito que gostaria muito de encontra-lo (o que era verdade) e não poderia deixar o coitado esperando e nem inventar uma desculpa.



No sábado de manhã me arrumei e segui em direção a estação da Barra Funda. Quando cheguei na plataforma indicada pelo coroa fiquei totalmente perdido, tinha muita gente na estação em pleno sábado. Sério, eu fiquei em choque só de olhar para os trilhos e ver aquele monte de lixo, bitucas de cigarro e ratos. Por um momento eu pensei "O que diabos estou fazendo aqui?".
Depois de uma espera quase infinita (Dez minutos) o monstro metálico finalmente chegou (rsrsrs). Eu adentrei o veiculo que para mim era coisa do século passado e um completo desconhecido (até por que só tinha andado de ônibus e metro até aquele dia). Eu fiquei ali em pé, observando as pessoas (que naquele momento para mim eram totalmente estranhas) e de olho nas estações para não me perder.
Confesso que fiquei totalmente assombrado com o balanço e o barulho produzido pelo trem, hoje em dia isso é totalmente normal pra mim, pois por um determinado tempo fui obrigado a andar de trem todos os dias para ir trabalhar, mas naquela época eu fiquei meio assustado.
Depois de menos de uma hora eu finalmente estava na região do ABC, liguei para o coroa, ele me atendeu e ele me deu as coordenadas do estabelecimento o qual ele era dono. Parti da estação com passos firmes, mas com o coração palpitando na garganta....

Confiram a continuação na próxima postagem...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O "Coroa" (Parte 1)

Estava eu na pista de dança com meu amigo K quando avisto um "coroa" de 4? anos encostado na parede apenas observando o movimento da boate. Ele era alto, um pouco magro, de cabelos loiros, bem vestido e com uma latinha de cerveja na mão (ele ganhou vários pontos só pela latinha... rsrs).
 
Como era "procedimento padrão" eu pedi para o K ir falar com ele e como sempre meu querido amigo voltou com a história do Ninfeto, mas para a minha sorte funcionou. Nos apresentamos, conversamos pouco e logo estávamos nos agarrando freneticamente. Como sempre entre os amassos rolou uma conversa legal e trocamos várias idéias.

Por isso que sempre gostei de caras mais velhos, a grande maioria tem boa conversa, experiencia e assuntos interessantes. 
Não precisei me esforçar muito para manter um papo agradável e chegou um momento em que a conversa se tornou mais legal do que a boa pegada do coroa.

Além de tudo isso ele era muito carinhoso e só o olhar dele me deixava com vontade de sair dali e ir para um lugar mais reservado onde consumaríamos um ato delicioso...rsrs 
Trocamos telefone, conversamos mais, demos mais alguns amassos e ele ficou de me ligar. 

Mal sabia eu que estava prestes a conhecer um cara sensacional!
Nas próximas postagens pretendo contar com mais detalhes  os fatos ocorridos.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O (a) Emo e o "Admirador" de 'ninfetos' (Final)



Saímos da balada e fomos para um barzinho logo ao lado, ficamos ali bebendo e conversando.
Foi a partir desse momento que descobri o quão "frescas" e mentirosas as pessoas são. Durante a conversa eu o acariciava e em um determinado momento ele me pediu que eu não tocasse em sua barriga.
Achei meio chato, mas tudo bem, cada um é cada um, enfim, continuamos a conversar, trocamos telefone, ele me contou que tinha acabado de "sair" de um relacionamento, que queria me levar ao apartamento onde morava, mas que não podia por que o Ex ainda estava morando lá por um tempo devido alguns problemas e que seria chato se ele chegasse acompanhado. Eu era inocente, mas não era bobo. PORRA, acho que essa foi a desculpa mais esfarrapada e idiota que já ouvi na minha vida. É claro que ele estava ali caçando enquanto o coitado do namorado estava em casa ou sabe-se la onde.
Enfim, saímos do bar e nos dirigimos a um trailer, onde comemos e conversamos mais um pouco, mesmo percebendo a mentira no ar eu me fiz de besta. Combinamos de nos encontrar durante a semana e nos despedimos.



Conversamos uma vez durante a semana e marcamos onde e quando nos encontrar. Eu me arrumei, cheguei ao local e liguei para o dito-cujo e adivinha, ele furou com mais uma desculpa idiota: Foi convidado para ser padrinho de casamento de uma prima na ultima hora (¬¬'). O que eu fiz? Disse tudo bem, sem problemas.
Desliguei o telefone e nunca mais tentei contato, ele fez o mesmo, eu fiquei puto da vida, mas ao mesmo tempo nem liguei e comecei a me programar para a balada do próximo final de semana, onde conheci o fofíssimo R e passei por uma situação chata e conturbada. Na próxima postagem conto para vocês!