Antes que o titulo da postagem comece a causar mais do que mamilos gostaria de deixar claro que nunca fiz programa e nunca contratei os serviços de um profissional do sécxu. Na verdade esta postagem é para falar de um fato muito curioso que aconteceu várias vezes comigo ao sair na noite gay paulistana. Os caras insistiam em achar que eu era Garoto de Programa e isso causou algumas situações um tanto quanto... ... ... ... .. constrangedoras.
Na boa, eu nunca fui o tipo bombadinho ou saradão, na verdade eu era bem magro, ouso até dizer que tinha até um corpo definidinho devido ao fator de sempre jogar bola na rua com a molecada, jogar volei, brincar de pega-pega, esconde-esconde e etc.
Vou contar aqui duas situações que aconteceram comigo e eu achei engraçadas.
SITUAÇÃO 1

Estava eu numa tarde tranquila e ensolarada de domingo, caminhando pela Vieira de Carvalho em direção a matine que eu sempre frequentava quando fui abordado por um homem que começou a caminhar do meu lado. Ele me chamou e quando olhei para o lado me deparei com um cara de mais ou menos cinquenta e poucos anos (nada contra), barrigudo (nada contra também) e feio bagarai, sério ele era muito zuado. O seguinte dialogo aconteceu enquanto eu era "perseguido" pelo estranho:
- Oi.
- Oi - Respondi com o meu mau humor comum ao ser abordado por pessoas estranhas.
- Qual seu nome?
- João - Inventei o nome na hora por instinto.
- Onde você mora?
- Na zona oeste. Tive que falar a verdade, pois não consegui pesar em nenhum outro lugar que eu conhecia com mais detalhes.
- Você está indo para o Baile? - Baile? Sério? Na boa quem em pleno ano de 2004 ou 2005 ainda utilizava a palavra Baile para denominar uma balada mesmo que fosse matine?
- Estou. - Eu acho que fiz uma careta tentando não rir e ficar sério depois do "Baile", sou péssimo em disfarçar minhas emoções e geralmente elas ficam estampadas na minha cara.
- Você não quer ir para um hotel comigo?
- Não. - Para muitas pessoas poderia ter ficado claro as intenções do moço para com a minha pessoa, mas eu retardado como sempre não saquei de primeira.
- Vamos comigo, eu te levo a loucura e você ainda descola uma graninha.
Não, na boa.. Aquilo foi ridículo, muito podre, como um velho babão como ele aparentava ser pretendia levar um adolescente em plena explosão de hormônios a loucura? Não que os caras mais velhos não consigam fazer isso, mas alguém que tem tal "poder" jamais usaria uma abordagem como aquela, assim creio eu. Foi ai que com nojo e repulsa totalmente estampada no meu tom de voz eu respondi um grande e sonoro:
- NÃO!
- Então tá. Vai lá curtir seu baile.
Eu continuei andando com um sorrisinho idiota surpreso com aquela situação.
SITUAÇÃO 2
A segunda situação ocorreu da seguinte forma:
Novamente estava eu numa tarde ensolarada de domingo, mas não caminhando para a matine, naquele dia eu estava esperando o
"Coroa" na esquina da balada (Tah, dessa vez fui eu que vacilei...rsrs). Estava eu la parado, na esquina, com a minha tipica cara de bravo (pelo menos dizem que naquela época eu tinha cara de bravo e mau) e olhando para a fila de vez enquanto, vi um carinha, bonitinho, loiro, meio baixo mas ainda assim pegavel, antes que começem a me crucificar eu disse pegavel e não que eu queria pegar. Mas, novamente, idiota como sou percebi que ele estava olhando para mim e para confirmar (e massagear o ego) eu dava umas olhadas de vez em quando para confirmar que eu não estava errado (e para massagear mais o ego).
Foi ai que o cara saiu da fila e veio até mim
- Oi.
- Oi.
- Você quer beber alguma coisa? Eu pago.
- Não obrigado.
O cara voltou para a fila, não demorou muito e ele veio até mim de novo.
- Você quer "fumar alguma coisa". (Só depois de um tempo eu percebi que o fumar não se referia a cigarro, principalmente por causa do tom de voz dele)
- Não obrigado. - Como sempre fui seco e mal humorado.
- EU PAGO!
Ele enfatizou aquelas palavras de tal maneira que não tinha como não entender e eu simplesmente respondi.
- Não obrigado.
E ele partiu.
Dentre essas situações algumas outras aconteceram, mas como não lembro exatamente não vou conta-las agora, mas com certeza vou postar aqui se me lembrar.
Mas eu não entendo por que os caras sempre achavam que eu era um GP, eu não utilizava a vestimenta padrão, muito pelo contrario, eu detestava calça jeans e minhas camisas eram sempre maiores que eu, sem contar os tênis de skatista gigantes e com cardaços enormes. Com o tempo isso parou de acontecer, mas tinha uma outra situação que me incomodavam, as pessoas pareciam me perseguir e ficavam me observando por dias até chegarem em mim.. Foi a partir da que comecei a ficar um pouco mais preocupado.